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Setembro Verde: Conscientização sobre a importância da doação de órgãos

Sobre a Campanha:

O mês de setembro é um pouco mais colorido do que se imagina. Além do Setembro Amarelo, desde 2014, o Setembro Verde, foi iniciado para ressaltar a importância do tema doação de órgãos. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos –  ABTO, a data foi criada pelo cirurgião cardiovascular José Lima Oliveira Júnior, integrante da Comissão de Remoção de Órgãos da – ABTO, pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estaduais de saúde. A campanha foi instituída a partir da lei nº 15.643, do deputado estadual Gilmaci Santos (PRB-SP). O verde foi escolhido por ser o símbolo mundial deste tipo de doação.

Nesta quarta feira 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional da Doação de órgãos, tendo como tema da campanha: “Doação de Órgãos. Fale sobre isso.” Atualmente, o cenário brasileiro é considerado positivo. Segundo o último relatório da ABTO, a taxa de doadores efetivos aumentou em 11,8% no primeiro semestre de 2017 e, na última década, o número de transplantes também cresceu gradativamente, porém a realidade ainda encontra-se distante do desejável.

Quero ser doador. O que devo fazer?

No Brasil, para ser doador de órgãos é simples: basta avisar sua família o desejo em ser doador de órgãos. Após a morte, o poder de decisão é único e exclusivo da família. Por este motivo é tão importante falar sobre o tema com os familiares, pois quando a pessoa não se manifesta em vida sobre o assunto, fica muito mais difícil a decisão familiar.

Quais são os tipos de doadores?

Doador falecido: A doação é possível somente após a confirmação do óbito ou da morte encefálica (morte cerebral). Com a autorização da família, a retirada dos órgãos é realizada no centro cirúrgico do hospital.

Doador vivo: qualquer pessoa saudável que concorde com a doação de rim ou medula óssea e, ocasionalmente, com o transplante de parte do fígado ou do pulmão para um de seus familiares. A doação para não parentes depende de autorização judicial.

Como ter certeza da morte encefálica?

O procedimento é muito seguro, pois médicos de diferentes áreas examinam o paciente e fazem o diagnóstico clínico de morte encefálica, que é a interrupção irreversível das atividades cerebrais. Ainda conforme a Central Estadual de Transplantes, esse diagnóstico também é confirmado por exame complementar para comprovar que o encéfalo parou de funcionar.

 

Quais órgãos podem ser doados?

Rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e também tecidos, como ossos, tendões, córneas, pele e válvas cardíacas. Ou seja, um único doador pode salvar até 10 vidas.

Quem recebe os órgãos?

Os primeiros pacientes compatíveis que estão aguardando em lista única da Central Estadual de Transplantes. Esse processo é justo, seguro e controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde, e supervisionado pelo Ministério Público.

Trabalho de doação de Córneas no Hospital São Rafael

Em Rolândia, no Hospital São Rafael, há pouco mais de dois anos, contamos com uma profissional especialista em captação de córneas e globo ocular. Após o procedimento de retirada, o órgão é levado para um Banco de Olhos, que é de responsabilidade do Hospital Universitário de Londrina. Segundo a Enfermeira Chefe do Centro Cirúrgico, Vanessa Alves da Silva, que atua no hospital a mais de cinco anos, atualmente a retirada de córneas é o único procedimento autorizado a ser realizado na instituição.

Ainda conforme a enfermeira chefe, no hospital a média de captação de córneas é de aproximadamente 1 (uma) por mês. Isso ocorre por que de acordo com Vanessa, existe muitos critérios consideráveis que determinam ou não um potencial doador. “Para ser feita a aprovação de um doador de córneas é necessário analisar a faixa etária, existência de doenças infecciosas, doenças pré existentes, tatuagens, entre outros fatores” explica. Além da enfermeira, existe uma Comissão dentro do Hospital denominada CIHDOTT ( Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes) responsável por todos protocolos, busca ativa e  processos que envolvem o tema, como a análise do óbito, contato e entrevista familiar.

O momento ideal para a retirada da córnea

Vanessa conta que o tempo máximo para retirada é de até 6 (seis) horas após o falecimento. Por isso, é tão importante o Banco de Olhos ser avisado rapidamente da existência do doador e programar todo processo priorizando a segurança e agilidade do procedimento.

Controle de qualidade rigoroso

Em todos hospitais credenciados, os profissionais responsáveis pela captação de córnea seguem recomendações internacionais e normas do Sistema Nacional de Transplantes. Conforme a profissional, esse controle impede a transmissão de doenças infecciosas e assegura a boa qualidade do tecido doado.