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PEDIATRA DO HOSPITAL SÃO RAFAEL FALA SOBRE CARDIOPATIA CONGÊNITA

O que é?

A Cardiopatia Congênita também conhecida como doença cardíaca congênita, é uma alteração na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras 8 semanas de gestação, quando o coração do bebê está em processo de formação.

Como pode ser detectada?

Essa doença pode ser diagnosticada ainda durante a gravidez, através de um ultrassom morfológico.  Segundo a pediatra, Alessandra Freitas, 44 anos, este exame pode ser feito em torno da vigésima semana de gestação ou (05 meses). A confirmação da cardiopatia congênita ocorre por meio de um ecocardiograma fetal, que é um exame similar à ultrassom, mas é especifico para o coração do feto. Conforme a pediatra, como este exame tem a capacidade de identificar a doença, ele é de extrema importância, uma vez que quanto antes a cardiopatia for detectada, mais cedo pode se dar início ao processo de tratamento. A profissional também explica que outro exame de grande importância, e que também tem a finalidade de constatar a doença cardíaca congênita, é o teste do coraçãozinho. “Este exame também é chamado de Oximetria de Pulso. Ele pode ser feito logo após o nascimento do bebê, ainda nas primeiras 24 horas de vida” conta.

Cardiopatia congênita em números

Conforme dados mundiais do Ministério da Saúde, dos 52% de mortes na primeira infância (0 a 365 dias de vida), a cardiopatia é responsável por 40% dos defeitos congênitos, sendo uma das malformações mais frequentes e a de maior mortalidade. Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), no Brasil, o registro de óbitos relacionados à cardiopatia congênita é de 107 para cada 100 mil nascidos vivos, representando cerca de 8% da morte infantil. Destes, aproximadamente 30% dos óbitos ocorrem no período neonatal precoce (0 a 6 dias de vida). Entretanto, pode-se afirmar que esses dados são subestimados devido à falta de diagnóstico nos hospitais do país.

Quais podem ser as causas desta doença?

Não se sabe ao certo o que causa a cardiopatia congênita, mas segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, existem às suspeitas de algumas condições:

  • As alterações genéticas ou cromossômicas na criança, como a síndrome de Down, que leva a uma incidência 8 x maior de desenvolver alguma cardiopatia;
  • Uso de certos medicamentos, álcool ou drogas durante a gravidez;
  • Infecção viral materna, como rubéola, no primeiro trimestre de gravidez;
  • O risco de ter uma criança com doença cardíaca congênita pode dobrar se um pai ou um irmão tem uma alteração cardíaca congênita.

Diagnóstico precoce

A pediatra Alessandra Freitas afirma que o diagnóstico precoce pode salvar a vida da criança, principalmente em casos de cardiopatias mais graves, quando o parto deve ser planejado e a criança precisa ser operada nos primeiros dias de vida.