Dezembro é um mês de muitas festividades: natal, ano novo, confraternizações, mas é também um período de alerta, e prevenção ao câncer de pele. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), todos os anos surgem 176 mil casos de câncer da pele, o de maior incidência no país.
Deste modo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolve, desde 2014, o movimento “Dezembro Laranja”, com a promoção de uma série de iniciativas de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, incluindo a importância da fotoproteção em suas diferentes formas para a redução dos riscos. O slogan deste ano é “Se exponha mas não se queime”, a mensagem visa atingir, sobretudo, quem trabalha sob o sol ou ao ar livre, bem como as pessoas em seu cotidiano profissional e em momentos de lazer.
A campanha do “Dezembro Laranja” também foi lançada no início do mês na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A iniciativa atende a uma proposição do deputado Anibelli Neto (PMDB), aprovada no Legislativo e convertida na Lei estadual nº 18.829/2016, estabelecendo que todos os anos neste mês sejam promovidas ações preventivas e que ajudem no diagnóstico precoce do câncer de pele.
Segundo estimativa do Inca, no Paraná, foram 11.330 novos casos da neoplasia em 2016, o equivalente a 31 diagnósticos por dia ou ainda um novo caso a cada 46 minutos. As ocorrências de câncer de pele representam 25% do total de diagnósticos de câncer no Estado, estando dividido em dois tipos: melanoma e não melanoma. Enquanto o primeiro tem origem geralmente nas células basais ou escamosas, o outro se origina nos melanócitos, as células produtoras de melanina.
O que pode indicar ser um câncer de pele?
O médico plantonista do Hospital São Rafael, Dr. Pedro Fatturi Moretz-sohn, explica que é preciso estar atento a pintas espalhadas pelo corpo. Ainda conforme o profissional, o câncer de pele raramente causa sintomas incômodos até as lesões se tornarem muito grandes, podendo coçar, sangrar ou mesmo apresentar intensa dor, mas normalmente são visíveis e podem ser sentidas muito antes de chegar a este ponto. “O paciente precisa se atentar em algumas situações: alteração de cor das pintas, aumento de tamanho (em certos casos), nascimento de pelos sob as pintas, lesão elevada com superfície áspera” explica. Dr. Pedro também pede aos pacientes, que em casos de suspeita é necessário procurar um especialista, da área de dermatologia, para que sejam feitos os exames para ser fornecido o diagnóstico correto.
Como se prevenir?
Segundo o médico, a recomendação é de que as pessoas usem equipamentos de proteção individual (EPI): chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas de cubram boa parte do corpo e protetores solares com fator mínimo de proteção solar (FPS) 30. “Filtro solar sempre. É de extrema importância o uso dele todos os dias” afirma. Ainda conforme o profissional, a hidratação constante também faz parte dessas medidas fotoprotetoras, sem esquecer de evitar os horários de maior insolação: das 10h às 16h.