A classificação de risco é uma ferramenta utilizada nos serviços de urgência e emergência, que visa avaliar e identificar os pacientes que necessitam de atendimento prioritário, de acordo com a gravidade clínica, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. O Manchester classifica, após uma triagem baseada nos sintomas, os doentes por cores, que representam o grau de gravidade e o tempo de espera recomendado para atendimento. Em resumo, este protocolo nada mais é, que a priorização do atendimento, após uma complexa avaliação do paciente. O programa recebeu este nome porque foi aplicado pela primeira vez em 1997 na cidade britânica de Manchester.
No hospital São Rafael, a enfermeira Daniele Barro, 42 anos, é a responsável por fazer esse processo de triagem, nos plantões do período matutino. “O profissional de enfermagem que está no setor de triagem, tem essa capacidade de identificar o estado real do paciente, e a partir disso, conduzir o atendimento da melhor forma possível” explica. A enfermeira afirma que seguir os termos do protocolo, é essencial para um bom funcionamento não só do atendimento em si, mas é um benefício que envolve o próprio bem-estar dos pacientes. “Cada cor de classificação determina um tempo máximo para o atendimento ao paciente, de forma a não comprometer a sua saúde “, ressalta a enfermeira.
Acolhimento com Classificação de Risco
Segundo a enfermeira Daniele Barro, a Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde estabeleceu o Acolhimento com Classificação de Risco, como um instrumento de humanização, que visa estabelecer mudanças na forma de atendimento aos usuários que procuram os serviços de saúde, desde a atenção primária à saúde a serviços de urgência e emergência, sendo capaz de acolher o cidadão, garantindo que suas necessidades sejam atendidas.
E para que isso seja possível, no âmbito de serviços de urgência e emergência, é necessário que o profissional ofereça uma escuta ativa qualificada aos problemas e demandas dos usuários. “Nós profissionais de enfermagem temos que ser capazes de classificar, por intermédio do protocolo, as queixas feitas pelos pacientes, para que dessa foram, seja possível identificar aqueles que necessitam de atendimento médico mediato ou imediato” conclui.
Para entender melhor a escala da classificação de risco: