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Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) apenas uma em cada 20 pessoas com a doença da Hepatite, sabe que é portadora do vírus. Conforme a enfermeira responsável pelo setor de Infectologia, do Hospital São Rafael, Ana Carolina Guimarães, a hepatite viral pode ser do tipo A, B, C, D e E, sendo as três primeiras as mais comuns. O dia 28 de Julho, foi instituído pela OMS, como o dia mundial de conscientização e luta contra essas hepatites virais. No calendário vacinal temos disponível a vacina de hepatite B, e agora também a de hepatite A.

HEPATITE A:

Segundo a enfermeira, a hepatite A é conhecida também como “hepatite infecciosa”. O modo de transmissão deste vírus é oral-fecal, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Conforme a profissional, o melhor modo de prevenção, é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico. “Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fralda, antes de comer, lavar bem os alimentos crus com água fervida ou filtrada, cozinhar bem os alimentos, principalmente as carnes, lavar a louça adequadamente, não banhar ou brincar perto de rios e riachos com esgoto a céu aberto, entre outros” explica.

HEPATITE B e C:

A enfermeira Ana Carolina, também explicou que o vírus da hepatite B e C o é transmitido pelo sangue e atacam o fígado da pessoa. Segundo a profissional, o modo mais eficiente de prevenção se deve ao esquema completo da vacina de hepatite B, o uso correto da camisinha em toda relação sexual, não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como exemplo: lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. Ana Caroline também explica que há sintomas específicos que aparecem geralmente num estágio mais avançado das hepatites B e C, como comprometimento do rim, aumento do volume abdominal (barriga d’água), alteração neurológica (encefalopatia) e icterícia.

HEPATITE D e E:

A Hepatite D se manifesta em conjunto com a hepatite B: surge por co-infecção ou por superinfecção. A hepatite D aguda pode ser severa, ou mesmo fulminante, no entanto, raramente evolui para uma forma crônica. A prevenção é feita pelo uso de camisinha e vacinação contra a hepatite B. A Hepatite E é transmitida de pessoa a pessoa através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal. Não há vacina para a hepatite E e o único meio de prevenção é a higiene.

OS MAIS ENCONTRADOS NO AMBIENTE HOSPITALAR

Conforme a enfermeira, especificamente no Hospital São Rafael, é mais comum a presença A, B e C. Ela também explica que em geral, as mais encontradas em ambientes hospitalares são as do tipo B e C, que o contágio ocorre através do sangue contaminado. “Muitas pessoas não sabem que são portadoras da doença, pois na maioria dos casos são assintomáticas (não exibem sintomas)” conclui.

TRATAMENTO

A enfermeira explica que o tratamento é conforme cada hepatite. A do tipo A não tem um tratamento específico, são apenas cuidados clínicos e, caso o fígado perca sua função, é preciso transplante; a tipo B e C, se evoluir para crônica existe tratamento com medicações antivirais. Já para prevenir, depende do tipo de transmissão.