Hoje, 14 de Novembro, é comemorado o Dia Mundial do Diabetes. A data foi criada em 1991 pela International Diabete Federation (IDF) em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta às preocupações a respeito dos crescentes números de diagnósticos no mundo. A data tornou-se oficial pela ONU (Organização das Nações Unidas) a partir de 2007, com a aprovação da Resolução das Nações Unidas 61/225.
A Campanha
Segundo a OMS a campanha corre em mais de 160 países, onde há muitas atividades alusivas à data e monumentos são iluminados de azul afim de conscientizar a população da necessidade de prevenção. Atualmente há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes no Brasil. Há muitos que nem têm diagnóstico, e isso favorece o aparecimento de complicações futuras para a saúde.
Tema de 2017
Neste ano de 2017, o tema abordado pela campanha é “Mulheres e Diabetes: nosso direito a um futuro saudável”. Atualmente há mais de 199 milhões de mulheres que vivem com diabetes e estes números estão em frequente crescimento, sendo importante causa de morte em todo o mundo.
O que é Diabetes?
Segundo explicado pela Nutricionista, Melissa Feltrin, a Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica, caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer por defeitos na secreção da insulina, na ação da insulina ou em ambas. Insulina é um hormônio produzido no pâncreas e a sua principal função é permitir o aproveitamento da glicose (açúcar) contida nos alimentos para que ela possa ser transportada para dentro das células, sendo transformada em energia. Conforme a Nutricionista, a falta ou defeito na ação da insulina pode causar a hiperglicemia, que é o acúmulo de glicose no sangue.
Porque tratar hiperglicemia?
Melissa explica que a Hiperglicemia é a elevação das taxas de glicose (açúcar) no sangue e ela deve ser controlada, pois, quando elevada cronicamente, pode prejudicar o funcionamento de vários órgãos como os rins, os olhos, os nervos e o coração. Os indivíduos que conseguem manter um bom controle da glicemia têm uma importante redução no risco de desenvolver tais complicações.
Principais tipos de DM
A Nutricionista também citou os principais tipos de Diabetes Mellitus:
Diabetes Tipo 1 (DM 1)
É caracterizado pela destruição das células beta pancreáticas, que levam a deficiência de insulina e isso pode ser por um processo autoimune ou causa idiopática. Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária. Atinge de 5 a 10 % das pessoas com diabetes.
Diabetes Tipo 2 (DM 2)
É caracterizado por uma deficiência na ação e secreção da insulina, acarretando uma dificuldade de controlar a glicose no sangue dentro de uma faixa de normalidade. É causado por uma interação de fatores genéticos e ambientais e pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente após os 40 anos. Contudo, observa-se, cada vez mais, o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Atinge cerca de 90 a 95% das pessoas com diabetes.
Diabetes Gestacional
Existe também o diabetes gestacional que ocorre durante a gestação e pode ou não ser transitório. Após o parto as taxas de glicose no sangue voltam ao normal, mas é necessário manter cuidados, uma vez que há maior risco de diagnóstico de DM 2 futuramente.
ALERTA: É importante o engajamento de toda a população nesta campanha, pois o Diabetes Mellitus é uma doença crônica, que avança de forma galopante, mas que pode ser evitada e/ou controlada com a adoção de um estilo de vida saudável, no qual a alimentação tem participação fundamental.
ORIENTAÇÕES PARA UMA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
Evitar o excesso de peso:
– Ingerir alimentos em quantidade e qualidade adequados a cada pessoa individualmente;
Evitar alimentos de alto índice glicêmico:
– Utilizar carboidratos ricos em fibras e que forneçam energia lentamente como raízes e cereais integrais em pequenas quantidades;
– Priorizar os vegetais (verduras e legumes) nas principais refeições;
– Incluir oleaginosas por serem ricas em fibras e antioxidantes;
– Incluir frutas in natura no dia a dia, de forma moderada;
Utilizar alimentos com potencial antiinflamatório:
– Temperos naturais e ervas como, por exemplo, a canela, que contém compostos fenólicos que auxiliam no combate ao diabetes;
– Incluir gengibre, abacate e frutas vermelhas com poder antioxidante e antiinflamatório;
– Gordura monoinsaturada (oleaginosas, azeite de oliva, abacate, etc.) e gordura poliinsaturada (ômega-3/salmão, sardinha, atum, chia, linhaça, etc.);
Retire alimentos inadequados:
– Pães brancos, DOCES em geral, frituras, açúcar e farinhas refinadas;
– Alimentos ultraprocessados;
– Refrigerantes e bebidas alcoólicas.